QUEM SOU EU

Sou professora de Francês, mas hoje minha principal atividade é escrever e ler, além de cuidar dos meus três vira-latas: Charmoso, Príncipe e Luther.



Gosto de fazer ginástica, sou vegetariana e adoro animais em geral, menos baratas.



Sinto especial prazer quando meus textos agradam aos meus leitores. Espero continuar produzindo e me comunicando com todos os meus amigos, neste maravilhoso universo da net.



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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

 Para Bruno, meu inesquecível  sobrinho

Hoje seria seu aniversário. Sua passagem significou para todos nós uma dor indescritível. Lembro-me de dia em que nasceu, minha irmã avisando minha mãe que a bolsa havia rompido. Fui com ela para o apartamento de Teresa. Lá estava já sua sogra, que morava no mesmo edifício. Teresa sentia dores fortes. Saí correndo para avisar meu  cunhado. Minha irmã foi levada ao hospital rapidamente. 

Lembro-me de Bruno todo enrolado numa coberta a boca suja de leite. Fora amamentado por outra mãe, já que minha irmã não tinha leite suficiente. Eu era adolescente e ia diariamente ao hospital namorar aquele bebê lindo, com imensos olhos azuis. Quando voltou para casa adorava segurá-lo no colo ou passear de carrinho com ele. Sua beleza chamava a atenção de todos.  E o tempo foi passando, e então fingia ser sua mãe. 

E como tudo passa, o bebê tornou-se uma criança linda. E depois um belo rapaz, e um homem bonito e generoso. Depois que fiz minha cirurgia de quadril, já me sentindo recuperada, Bruno fez questão de festejar meu aniversário, foi um dos dias mais felizes de minha vida. Jamais poderia imaginar que aquele seria o último dia em que veria meu sobrinho vivo. 

Poucos meses depois, atendi o telefone de manhã e ouvi a notícia de que ele havia falecido. Fiquei aturdida, não sei quem veio me ajudar a tomar um banho, e me levou ao cemitério. Ou se peguei um taxi. Perder alguém mais jovem é contra natureza. Já perdi toda minha família original, aquela que estava na minha infância, mas agora não podia crer que Bruno se fora. Mas era verdade. Tive a sensação de irrealidade, de que ainda ontem eu poderia falar com ele, tocá-lo. Mas a cruel verdade estava diante meus olhos. 

Chorei, e ainda choro quando penso que ele se foi. Mas minha fé me traz a certeza de que o reverei, como a todos que me antecederam. Por isto, nunca digo ADEUS, digo "Até um dia" , que só DEUS, esta inteligência suprema, causa de todas as coisas, pode saber quando.

Um comentário:

Maria Antónia disse...

Saudades eterna!! Não tenho palavras para descrever a falta de você.❤❤❤❤ . Gratidão infinita Lúcia! Por esta homenagem linda 👏👏🙏❤😘 para o meu eterno amor.