No Louvre, mil botões da cultura florescem,
Em juvenis Giocondas e em Picassos geniais.
Percorrendo os salões as emoções crescem
Num concerto divino, sem acordes finais.
À saída da sala de Osíris aparecem
Num canto, a sua esfinge e com traços iguais,
Num outro, uma mulher. Seus membros se estremecem
Em êxtase despido de fórmulas rituais.
Marpessa Dawn! Te vimos e não te esqueceremos,
Deusa egípcia que vieste trazer-nos a visão
De mundos milenares. Em teu rosto hoje vemos
Séculos de mistério, de dor e de paixão.
Sob o manto de prata das noites de luar
Tua oriental beleza voltarei a cantar...
Paris, Novembro de 1986.
Foi em Paris, visitando o Museu do Louvre, que Ricardo conheceu a beleza negra que atuou, em 1959, no filme “Orfeu do Carnaval”. Tornaram-se amigos e se corresponderam durante algum tempo. Marpessa Dawn morreu há cerca de um mês aos 84 anos.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
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