QUEM SOU EU

Sou professora de Francês, mas hoje minha principal atividade é escrever e ler, além de cuidar dos meus três vira-latas: Charmoso, Príncipe e Luther.



Gosto de fazer ginástica, sou vegetariana e adoro animais em geral, menos baratas.



Sinto especial prazer quando meus textos agradam aos meus leitores. Espero continuar produzindo e me comunicando com todos os meus amigos, neste maravilhoso universo da net.



Seguidores

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Laços de família -I

Há dias falamos da Imperatriz Josefina, esposa de Napoleão. Chamava-se Josephine de Beauharnais, e salvo o fato de ter sido esposa tão amada de Napoleão, quase nada mais há a acrescentar à sua biografia. E é este quase nada que quero contar. Josephine teve de seu primeiro marido, igualmente traído, dois filhos, Hortense e Eugène, ambos muito queridos do padrasto. Hortense, que segundo dizem era uma linda moça, foi escolhida pelo padrasto para esposa de seu irmão caçula, Louis, que parece ter sido um homem de temperamento sombrio e paranóico. Também consta que Louis jamais quis casar-se com Hortense, frívola e perigosa, como a mãe. Mas, afinal, o que significaria a negativa de Louis diante da decisão do irmão. Napoleão fez dele rei da Holanda e tornou rainha a enteada. Louis assumiu a paternidade dos dois primeiros filhos de Hortense, mas negou-se a assumir a do terceiro. O fato é que já viviam separados há algum tempo quando, durante uma excursão aos Pirineus, acompanhada de fidalgos e damas, Hortense novamente engravidou. Na verdade, sendo bela e fácil de ser agradada, Hortense poderia ter engravidado de qualquer um dos muitos homens que a acompanhavam. E desta vez, Louis não agüentou e negou-se a assumir a paternidade do novo rebento. Por fim, provavelmente pressionado pelo irmão, teve que dar seu nome ao novo membro do clã. Numa carta lamentava-se ao Papa: “Minha desgraça é estar casado com uma messalina que procria”.E foi assim que surgiu Charles Louis Napoléon, futuro Imperador Napoleão III. Figura interessante, aventureiro, acusado de homicídio, despido de qualquer escrúpulo.
Na juventude, Louis Napoléon meteu-se em todo tipo de distúrbio, até ser mandado para a América. De volta à Europa, fixou-se em Londres e freqüentou os indivíduos e lugares mais suspeitos da cidade. Algum tempo depois, clandestinamente, voltou à França e meteu-se em outras aventuras, com a fixa idéia de derrubar a Monarquia constitucional de Louis-Philippe. Fracassou e foi mandado para uma prisão, em perpetuidade. Fugiu e instalou-se em Londres onde passou a ser sustentado por uma prostituta de ricos. Após a queda de Louis-Philippe, voltou à França e candidatou-se a uma cadeira na Assembléia. Foi eleito, aliás, com enorme quantidade de votos. A seguir, ousou outro passo dentro de sua estratégia de tornar-se Imperador, sim por que sua grande meta era continuar a caminhada interrompida do tio. Assim, por um lado ostentando o nome Bonaparte e, por outro, apoiado no dinheiro de sua amante inglesa, que muito faturara com os ricos de Londres, e também na herança recebida pela morte do “pai”, distribuiu farta propaganda e elegeu-se Presidente da França, inaugurando a Segunda Republica. Mas dois anos depois, deu o golpe e tornou-se Imperador.
Teve que abdicar em 1870, quando da derrota da França diante das tropas prussianas.
Mas ainda há muita coisa para se contar destes laços de família.

Napoleão III tinha um bigode besuntado, era extremamente inteligente e ardiloso. Não sei porque sempre que falo nele lembro-me de José Sarney.

Nenhum comentário: