QUEM SOU EU

Sou professora de Francês, mas hoje minha principal atividade é escrever e ler, além de cuidar dos meus três vira-latas: Charmoso, Príncipe e Luther.



Gosto de fazer ginástica, sou vegetariana e adoro animais em geral, menos baratas.



Sinto especial prazer quando meus textos agradam aos meus leitores. Espero continuar produzindo e me comunicando com todos os meus amigos, neste maravilhoso universo da net.



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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cidadania

Resolvi divulgar minha defesa, já que, como cidadã que paga seus impostos e jamais cometeu ato delituoso, senti-me profundamente agredida. Na minha consciência de cidadania, tenho feito a defesa de minha comunidade, sem temor de expor minha cabeça, como no caso do abaixo-assinado que fiz correr pelo bairro. Naquela ocasião levei pessoalmente a moradores e comerciantes o texto por mim elaborado, em que denunciava a presença ostensiva de traficantes na pracinha, nas barbas do Posto Policial, aliciando crianças como “aviões” e chegando ao ponto de pesar a droga nas balanças de uma padaria. Recebi respostas interessantes, de gente medrosa, como a do tipo que me veio me falar no golpe de 64, no PT, fazendo a apologia deste partido. Respondi-lhe que não se tratava de uma questão político-partidária, mas sim da defesa de nossas crianças e de nós mesmos. Ele, evidentemente, recusou-se a assinar. 
O ano era 1997. Tendo conseguido certo volume de assinaturas, enviei, através de pessoas que tinham acesso a estas autoridades, ao Prefeito de então – Tarcísio Delgado – e também ao Comandante da Polícia Militar e ao Delegado Chefe da Polícia Civil. Jamais recebi resposta de ninguém. Mas não temi expor minha cabeça. E me orgulho disso.

“Minha defesa”

Quero esclarecer, antes de tudo, que não há o que defender na minha conduta e que, como cidadã, sinto-me profundamente indignada com o constrangimento a que fui submetida. Estava eu em casa, no dia 28 de abril do corrente ano, quando, ao atender ao interfone, fui informada por alguém que se dizia Fiscal da Prefeitura –Sr. Carlos Roberto Mazola (conforme documento anexo) - e que me dizia que um documento meu havia sido achado no lixo, o que me deixou assustada e perplexa, já que sou pessoa extremamente cuidadosa. Desci então à garagem, onde havia pedido ao citado Fiscal que me esperasse, pois não tendo constatado falta de nenhum documento, pensei poder tratar-se de golpe para penetrar em minha casa. Assim, ao encontrá-lo, acompanhado de outro Fiscal, mostrou-me um pedaço de papel rasgado com meu nome e endereço. Expliquei-lhe tratar-se de um informe de uma ONG internacional – Action Aids – ( e não de um documento meu) que ajuda crianças carentes. E que meu nome e endereço estavam impressos por tratar-se de correspondência. Expliquei ainda que de fato eu o rasgara e jogara no LIXO SECO, tendo entregue ao catador Joaquim, todo material reciclável devidamente acondicionado em sacolas plásticas. E ainda mais, que meu lixo seco é lavado, quando se trata de quentinhas ou garrafas, que pertenço ao Green Peace, que, aliás, ele me pareceu desconhecer. Invoquei o testemunho do porteiro – Carlos Antônio - e expliquei-lhe que simplesmente o catador Joaquim, conhecido em todo bairro de São Mateus, havia deixado escapar, no monte de material reciclável que junta e organiza, aquele pedacinho de papel. Irredutível, agindo de forma totalmente irracional, o citado funcionário da Prefeitura de Juiz de Fora, lavrou o auto de infração. Sendo que assinala um “horário de flagrante”, o que jamais poderia fazer já que nem ele nem ninguém me viu jogar o pedaço de papel no chão, “sujando” a via pública. 
Insurjo-me contra este ato autoritário, em que um funcionário do poder público constrange e tenta punir um cidadão, tratando-o arbitrariamente como autor de ato delituoso. E creio que atitudes como esta não só revoltam, mas ainda dão do governo municipal uma imagem de incompetência e autoritarismo. 
Não tendo nada mais a acrescentar, termino aqui “minha defesa” sugerindo à Secretaria de Política Urbana que dê uma vistoria na Praça Jarbas de Lery Santos, onde sujeira, folhas secas e galhos podres se amontoam. 

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