QUEM SOU EU

Sou professora de Francês, mas hoje minha principal atividade é escrever e ler, além de cuidar dos meus três vira-latas: Charmoso, Príncipe e Luther.



Gosto de fazer ginástica, sou vegetariana e adoro animais em geral, menos baratas.



Sinto especial prazer quando meus textos agradam aos meus leitores. Espero continuar produzindo e me comunicando com todos os meus amigos, neste maravilhoso universo da net.



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segunda-feira, 21 de julho de 2014

O que não nos mostraram E não podemos esquecer

Alguns homens, jovens, aparecem numa cena de um filme antigo. Parece que faz frio, vestem sobretudos. São quatro ou cinco. De repente, vemos soldados que lhes metem no pescoço cordas. Serão enforcados. Mas, afinal, quem são eles? Uma voz nos diz que não ficará de pé nenhum sérvio rebelde. Mas já não vimos tanta maldade inimaginável praticada pelos nazistas? Seres humanos amontoados como lixo? Crianças famélicas? Rostos que quase perderam sua humanidade? Por que aquela cena particular causou-me tanto horror?
Um simples gesto. Como aquele de quem arruma alguma gola que o incomoda... Mas ali, aquele jovem procura algum conforto com a corda que lhe quebrará o pescoço dentro de alguns segundos. É como se sua vida fosse prosseguir! Não há desespero em seu rosto. Mostra dignidade, o que faltou a muitos nazistas justiçados em Nuremberg! Logo depois aparece a figura ao mesmo tempo sinistra e ridícula de Hitler! Quanto asco!!!
Já vi e revi esta imagem que sempre me trás muita dor. Ilustra a propaganda de um programa que mostra os filmes secretos da 2ª. Guerra, no Canal Bio, na tevê por assinatura. A imagem me comove, me enoja, me dá calafrios, mas me fascina em toda sua carga de  tragicidade. É como se eu estivesse lá, assistindo a todas as mortes de resistentes que lutavam pela libertação de sua pátria, antiga República Yugosláva, que reunia várias populações naquela região dos Balcans. Mas foi aquele gesto, simples, cotidiano, do pescoço, que mais me emociou. Era seu adeus à vida!
E quem seria este jovem? Um professor, um médico, um artista? Teria um amor,  filhos ? E seus pais? Conheço a bravura destes povos reunidos na resistência ao nazismo, e aos simpatizantes croatas. Sem nenhuma ajuda lutaram isolados, mostrando uma coragem incomparável. Quero imaginar meu mártir como um guerreiro, tão bravo quanto seus compatriotas, e posso fazê-lo ao ver sua dignidade no derradeiro momento.
Já morreu há muitas e muitas décadas. Seu cadáver não dever haver sido restituído á família. Foi empilhado com milhões de outros! Como vemos - meu Deus – fazerem os separatistas pró-Rússia com as vítimas do acidente que eles próprios provocaram.
Se Deus é realmente esta usina de força de que fala John Lennon, que ele nos dê a força de que precisaremos SEMPRE para nos revoltarmos, para gritar ao mundo que não é isso que queremos! Faço a minha parte, revolto-me contra qualquer  tirania, de que é exemplo o jovem sérvio, com seu ultimo gesto de vida. Não sei se meu texto será lido, mas escrevê-lo já reconforta meu coração!   





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