QUEM SOU EU

Sou professora de Francês, mas hoje minha principal atividade é escrever e ler, além de cuidar dos meus três vira-latas: Charmoso, Príncipe e Luther.



Gosto de fazer ginástica, sou vegetariana e adoro animais em geral, menos baratas.



Sinto especial prazer quando meus textos agradam aos meus leitores. Espero continuar produzindo e me comunicando com todos os meus amigos, neste maravilhoso universo da net.



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sábado, 4 de agosto de 2007

“Este país é uma galhofa.... Ou uma tragédia”

Maria Lúcia Viana
Estou lendo no jornal esta declaração - “este país é uma galhofa” - de Miguel Falabella, que, atônito, não sabe o que fazer para cumprir compromissos entre São Paulo e Rio. Aliás, atônitos estamos todos nós. A cada nova aparição de um dos dirigentes deste governo desgovernado, nos deparamos com alguma coisa chocante. Já faz parte do passado o “relaxa e goza”, largamente suplantado por Marco Aurélio, o Pornô, a condecoração de Zuanazzi, por “relevantes serviços prestados à Aeronáutica”, justo no auge da crise, alguns dias após a tragédia, o sorriso debochado do indigitado – Zuanazzi - quando questionado por deputados, o Lula fazendo piadinhas na posse do Jobim, como se nada estivesse acontecendo. É incrível a inconsciência, a irresponsabilidade desta gang que, infelizmente, foi reconduzida ao poder.
Um dia desses vi uma mulher ter uma crise histérica num aeroporto, após uma semana de tentativas para chegar em casa. Depois, caiu estatelada no chão, sendo socorrida por alguém, possivelmente médico, que lhe aplicou respiração boca a boca. Nem sabemos se ainda está viva. E não foi só no transporte aéreo que se perdeu o rumo, também não há estradas, quase todas em estado lastimável. E, já que as ferrovias foram desativadas há muito tempo, talvez devamos começar a cogitar de circulação marítima, em cruzeiros do tipo que se faz pelos rios da bacia amazônica. E dizer que há um tal PAC, que pretende acelerar o crescimento!
Na saúde, que Lula já classificou como “quase perfeita”, o que vemos, pelos jornais ou assistimos nos noticiários, são cenas africanas. Sendo que lá há, pelo menos, entidades filantrópicas, do tipo Médicos sem Fronteiras. Aqui o que temos são médicos sem salário, ou com salários baixíssimos, hospitais sem remédios, sem macas, sem curativos. E há também a segurança, e os impostos, que a gente não sabe para onde vão (ou melhor, sabe muito bem), e o ensino – nem dá para falar-, e agora a censura que se tenta reimplantar. Este país é uma galhofa para quem não vive aqui, para os gringos que vêem no Brasil um “paraíso tropical”, cheio de mulheres “gostosas”, com bundão, seminuas ou nuas. Mas eles podem se safar quando a coisa fica preta. Para nós é uma tragédia que se repete cada dia, que nos ameaça constantemente, que nos desrespeita, mas Lula e sua gang sabem que somos “um povo ordeiro” e que jamais (?) reagiremos. Para nós é uma tragédia que não podemos suportar, até por uma questão de dignidade. Mas afinal o homem foi reeleito, e grande parte de seu eleitorado é constituída por aqueles que lotam os hospitais e sofrem calados, incapazes de reagir, considerando-o até uma espécie de paizão, vítimas de sua ignorância. Mas há também os safados, tipo Sarney ou Renan, os fanáticos, e os “politicamente corretos”. Estes são os maiores responsáveis e deles será cobrado um dia o preço daquilo que o país deixou de fazer

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