QUEM SOU EU

Sou professora de Francês, mas hoje minha principal atividade é escrever e ler, além de cuidar dos meus três vira-latas: Charmoso, Príncipe e Luther.



Gosto de fazer ginástica, sou vegetariana e adoro animais em geral, menos baratas.



Sinto especial prazer quando meus textos agradam aos meus leitores. Espero continuar produzindo e me comunicando com todos os meus amigos, neste maravilhoso universo da net.



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sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O capitão do mato de Fidel

Maria Lúcia Viana


Primeiro ato.
Eu estava certa de que os campeões cubanos, Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, estavam morrendo de saudades da ilha, do Fidel, do regime. Pediram para voltar, depois de terem fugido da concentração, iludidos por dois agentes do capitalismo, decididos a desmoralizar o regime. “Eles quiseram voltar e o governo brasileiro não poderia, como querem alguns – oposicionistas – mantê-los em cárcere”. Foi mais ou menos isto que ouvimos, eu e todos os outros brasileiros. Eu, pobre inocente, acreditei na história que contava o nosso Ministro Tasso Genro, olhando nos olhos, com seu olhar azul e transparente, a população brasileira: “Não pode ser mentira, afinal o homem é ministro!” Ainda que seja do governo Lula.
Segundo ato
Depois, logo depois, fiquei em dúvida, ao lembrar-me de uma matéria, lida há muitos anos, sobre Rudolph Nureyev, o dançarino que fugiu para o Ocidente. Ali se contava que sua família havia sofrido todo tipo de ameaça do regime, que pretendia leva-lo de volta, certamente não para que continuasse dançando no Kirov, mas para que dançasse de outra forma. Afinal, não sei como se resolveu, mas Nureyev acabou morrendo do lado de cá. E, apesar dos olhos azuis transparentes do ministro, que nos falava com tanta serenidade, comecei a raciocinar e me perguntei por que os dois atletas só haviam sentido tanta falta quando foram encontrados pela polícia. E aí me lembrei das explicações: foram drogados, engordaram e foram dispensados, estavam bêbados, acompanhados de prostitutas, logo incapazes de pensar. Quando a polícia os alcançou, PIMBA-bateu a saudade, o remorso.
Terceiro ato.
Leio no jornal: “Chanceler do governo Fidel Castro reconhece que houve coordenação com o Brasil para a expulsão dos desertores”. Afinal, o que significa esta “coordenação”? Mas nem precisa explicar: o ditador pediu a seus amigos brasileiros que deportassem os dois. O governo colocou em ação a Polícia Federal, sem dar a mínima ao direito internacional de asilo. E ainda diz o cubano que os fugitivos não sofrem qualquer tipo de punição legal, levando vida normal. Mas que jamais poderão deixar seu país. Ele não considera isto punição! Ou seja, a restrição ao direito fundamental de ir e vir não é para o ilustre Chanceler cubano uma punição, uma violação de direitos fundamentais.
Quarto ato.
O ilustre ditador moribundo, outrora meu grande ídolo, crê, como tem acontecido ao longo da história com outros ditadores, que é imortal. Fidel é hoje uma figura arqueológica, um espécime em vias de extinção, graças a Deus. Só esperamos que vá embora logo para que os campeões não percam a forma, e que o regime que implantou desapareça com ele.
Quinto ato.
Mergulhados neste mar de lama, nossos representantes, ou melhor, aqueles que têm um pouco de vergonha na cara, já nem se lembram mais em convocar o ministro para esclarecimentos no Senado, como haviam cogitado a princípio. Agora, ou melhor, ainda, temos o Renan, o julgamento da quadrilha do mensalão, a quebra do sigilo de tudo da Denise Abreu, o Zuanazzi, o medo dos aeroportos. Sim porque agora estamos no perigo em terra e no ar. E vamos nos esquecer dos dois pobres diabos que só queriam ganhar dinheiro com seu talento.
Sexto ato.
E pode ser que, ainda, haja mais perigo. Tenho visto um 3 em algumas propagandas do Banco do Brasil. Já me disseram que é subliminar para nos induzir a um terceiro mandato. Será que merecemos tanto? Mas afinal, um quarto da população brasileira tem a Bolsa Família, e Lula já nos ameaçou com sua tropa de choque.
Sétimo Ato.
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